quinta-feira, 17 de novembro de 2016

QUINTA DE POESIA






OLHOS VERDES

Olhos verdes como a esmeralda
Que garimpeiro algum encontrou
Beleza rara que de súbito brotou
Entre pedras desta imensa falda

O fulgor que deles sempre emana
É resplendente e fugidio alento
Que o peito acabrunhado torna lento
Como se o minuto fosse semana

Janelas que se abrem sobre a alma
Este jardim interno e inacessível
Que se permite admirar em calma
A percebe-lhe a graça imperecível

Olhos verdes de imensurável luz
Tornam qualquer vida mais brilhante
Mas podem ao incauto tornar cruz
Se ansiar à centelha que tem diante



D. O. d’Avila


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