quinta-feira, 13 de março de 2014

QUINTA DE POESIA





         RELER

Às vezes gosto dos meus versos
Nem tanto outras!
Como não me reconheço no espelho
Certas manhãs
Noutras digo até alô
E o dia, todo o trabalho e as tarefas
Parecem bem mais leves
Mesmo com chuva...
Mas nas noites quando os releio
E não gosto, durmo mal
Parece-me que não tenho corpo
Meu colchão é um leito de mentiras
Mas quando penso terem ritmo, música, poesia
Porque devem ter, posso ouvir, é o que são prá ser
Até penso em escrever mais
Achando que vale a pena
A pena com que escrevo
A pena que traduz mi'a pena
E eu me sinto feliz.
Como vês, Leitor, é pouca coisa
Prá me fazer feliz
São só meus versos
São só minh'alma.


Paulo Corrêa Meyer

Um comentário:

Paulo Corrêa-Meyer disse...

Obrigado pela postagem:
é minha "disconcordância"
favorita.Beijo.